Gostamos de futebol. Mas do outro, daquele antigo, onde se podia ver a segunda parte no bar com uma cerveja na mão e uma sandes na outra.Aqui fala-se de comida, de Tascas, Bares, Restaurantes, Roulotes nós corremos tudo e provamos tudo.
Mas só o fazemos para vos poder contar como foi.
segunda-feira, 27 de julho de 2015
SR. DOMINGOS
Em plena vila do Meco o estabelecimento é um mimo para quem não se importa de sujar as mãos. E não nos referimos a comer. É que no Sr. Domingos quem serve à mesa é o cliente. E ementa há mas na parede. É uma questão de garantir lugar ao balcão e for apanhando o que sai.
“Quem quer ameijoa? Se o cliente não quiser como eu sozinho”. E alguém que até ia lançado para o pica-pau acaba a dizer “fico eu com elas”. Assim tipo leilão. Arrematado para o surfista ali do canto. Com decoração a atirar para o sportinguismo ferrenho o Sr. Domingos faz as coisas com calma e domina sozinho o balcão indiferente às dezenas que se acotovelam à frente. “Agora vou aqui para as imperiais”, atira antes de começar a encher copo atrás de copo à disposição de quem lhe deite a mão.
O marisco é bom. O caracol é bom. A batata é boa. A esplanada cá fora ao fim de tarde é um luxo. A paciência essa tem de ser de santo. Não é feito para quem não se importa de esperar nem para gente que se incomoda que lhe passem à frente na fila.
Na altura da conta o Sr. Domingos confia na palavra do cliente. Quem diz confia entende-se ter a sabedoria de quem já anda nisto há muitos anos e sabe cada imperial consumida, não vá existir queda para o engano. O horário de funcionamento é tão caótico como o atendimento. Abre aos fins de semana. Isso é uma certeza. Agora nos restantes dias não garantimos nada. Nem nós nem ele.
Café Sr. Domingos
Aldeia do Meco
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